domingo, 20 de setembro de 2009

A economia mundial: tendências de globalização e regionalização

Ao se falar em regionalização no sentido econômico da palavra, seguimos direto a um ponto: os Blocos Econômicos. Mas afinal, a multiplicação desses blocos econômicos ameaçam fragmentar a economia mundial, através do isolamento de macro-áreas em si mesmas? A tendência à regionalização implica um obstáculo para a integração global dos mercados?

Sim e Não.

De um lado, fluxos comerciais já existentes são redirecionados, devido a atração exercida pela remoção de barreiras alfandegárias, atuando contra a tendência de globalização. Ao mesmo tempo, novos fluxos comerciais são criados, uma vez que a retirada de barreiras alfandegárias estimula a importação de produtos, uma vez que a retirada das barreiras alfandegárias diminui os preços, estimulando um maior comércio e, consequentemente, atuando a favor da globalização.
Atualmente, com o crescimento do comércio internacional, a criação de novas oportunidades de intercâmbio é mais intensa que o redirecionamento de fluxos já existentes, graças a diminuição da prática do protecionismo por parte dos países integrantes de blocos regionais, que preferem rebaixar também as tarifas de mercadorias importadas de fora do seu bloco.
Porém, a globalização não se restringe apenas ao comércio. No que diz respeito às áreas de atuação de empresas transnacionais, os blocos econômicos funcionam como verdadeiros trampolins para a estruturação de um mercado globalizado. Exemplo disso é o Mercosul, uma Zona de Livre Comércio que incentiva os investimentos estrangeiros nos países do bloco, uma vez que as unidades produtivas instaladas nos limites do Mercosul se beneficiam amplamente pela remoção de barreiras alfandegárias entre os países, a exemplo de montadoras de carros, empresas agroindustriais e construtoras.
Desta forma, podemos concluir que a regionalização não representa uma barreira a globalização. Os blocos regionais, pelo contrário, formam a estrutura orgânica da economia mundial. Por isso, o
fortalecimento da última implica a multiplicação dos primeiros, constituindo um regionalismo benigno, que precisa ser distinguido da modalidade segregacionista.

Até a próxima!
Henrique

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